domingo, 21 de julho de 2013

AUTO DA COMPADECIDA- Nícolas Campos 2°ano



por Nícolas Campos

Tomando como ambiente o interior nordestino e seus personagens icônicos, O Auto da Compadecida narra a história de Chicó e João Grilo, dois humildes trabalhadores rurais que tentam a custo de pequenos golpes e roubos nas pequenas cidades nordestinas. Não só eles, quanto vários outros personagens tomam parte no filme, como o padre e bispo corruptos da Igreja da cidade, uma adúltera e mesmo um cangaceiro. Temas religiosos, expostos no próprio título do filme também são muito presentes.

A mensagem é bastante clara, dado que o filme é direcionado para um público amplo. Os personagens são pecadores, humanos, como qualquer outra pessoa, os dilemas encontrados pela dupla de João Grilo e Chicó e todos em volta deles serão julgados no fim do filme pela “Compadecida” e o próprio Diabo, em forma humana, mais uma forma de aproximar as divindades religiosas ao cotidiano. Chegando a conclusão que mesmo pecando e errando, todos tiveram seus motivos e arrependimentos.

O enredo e roteiro, emprestados do romance de mesmo nome escrito por Ariano Suassuna, é diferente do que estamos acostumados de ver tanto no cinema nacional quanto no estrangeiro, assim sendo uma obra destacável, não por sua qualidade de fotografia ou som, mas por sua trama excêntrica. A qualidade e verossimilhança para com a realidade do Nordeste em dada época é convincente, logo, mais uma boa qualidade dentro desse longa. O humor simples, comum de peças do interior, também é único, assim como alguns momentos irônicos e ácidos. Felizmente, o filme não apela para (muitos) clichês do cinema brasileiro.

O Auto da Compadecida é um bom filme para os entusiastas do cinema nacional ou mesmo pessoas querendo ver uma comédia envolvendo um espaço do o sertão nordestino.

Ficha técnica
Título Original: O Auto da Compadecida
Ano: 2000
Diretor: Guel Arraes
País: Brasil


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